Vitória na Justiça contra a redução de IPI
DECISÃO
Pesqueira, no Agreste, conquista na Justiça o
direito de ter a sua parcela do FPM calculada com base nas alíquotas originais
do IPI e do Imposto de Renda
Publicado em
03/04/2013, às 06h56
O
município de Pesqueira (Agreste) conquistou na Justiça Federal uma decisão, em
primeira instância, obrigando a União a calcular o repasse da sua cota do Fundo
de Participação dos Municípios (FPM) considerando as alíquotas originais do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR), sem
levar em conta os incentivos fiscais propostos pelo governo federal. A decisão
foi levada nessa terça-feira ao plenário da Assembleia Legislativa pelo
deputado Sebastião Oliveira (PR) e levantou um longo debate sobre a prorrogação
da alíquota reduzida do IPI para automóveis e seu impacto no FPM, prejudicando
os municípios.
Na
sentença, o juiz da 3ª vara federal, Frederico Azevedo, condena a União a
“efetuar o repasse da cota do Fundo de Participação dos Municípios com base na
arrecadação do IR e IPI de 23,5% sem o abatimento dos valores dos benefícios,
incentivos e isenções fiscais concedidos pelo governo federal”. O magistrado
determina ainda o pagamento retroativo, reparando as possíveis perdas do
município nos últimos cinco anos. Cabe recurso da decisão.
“Essa
sentença me dá a segurança jurídica de dizer que o que vem acontecendo há
tempos com os municípios pernambucanos é ilegal, inconstitucional e
arbitrário”, disparou Sebastião Oliveira. O deputado vai sugerir ainda que a
Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) entre com uma ação coletiva,
representando todos os municípios pernambucanos, nos mesmos moldes da de
Pesqueira, cidade governada pelo socialista Evandro Maciel Chacon.
Deputados
da bancada do PT saíram em defesa da gestão Dilma Roussef (PT). “Estamos
vivendo uma crise internacional e todos temos que apertar o cinto. Foi graças
ao presidente Lula e à presidente Dilma que o Brasil não entrou na bancarrota
como no passado”, discursou o líder da bancada petista, Manoel Santos.
Mais incisiva em seu aparte, a deputada Teresa Leitão (PT) fez questão de colocar a reação dos prefeitos pernambucanos no contexto de campanha presidencial antecipada, com a “briga” PT-PSB.
Mais incisiva em seu aparte, a deputada Teresa Leitão (PT) fez questão de colocar a reação dos prefeitos pernambucanos no contexto de campanha presidencial antecipada, com a “briga” PT-PSB.
“Isso
é uma prorrogação, cadê a rebelião quando existiu a implantação? Não houve
nenhuma rebelião, nem marcha, nem cachorro, nem canhão. Agora, quando a redução
está sendo prorrogada em meio a um acirramento antecipado de uma disputa
eleitoral que ninguém sabe nem ainda como vai ser, aí todas as vozes se
levantam”, disparou a deputada.
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