“O poder só é efetivado enquanto a palavra e o ato não se divorciam, quando as palavras não são vazias e os atos não são brutais, quando as palavras não são empregadas para velar intenções, mas para revelar realidades, e os atos não são usados para violar e destruir, mas para criar relações e novas realidades.” (ARENDT, Hannah Condição Humana, 2007, p. 212)

MPF questiona CFM sobre tratamento precoce contra a Covid-19

 


CFM

247 - Seis ministérios públicos do país encaminharam, na quarta-feira, 20, ofícios ao Conselho Federal de Medicina (CFM) questionando o seu atual posicionamento sobre o tratamento precoce da Covid-19.

Os órgãos dos estados de Amazonas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe querem saber a opinião do CFM sobre o uso e divulgação, por parte de gestores públicos, dos medicamentos off label. 

O Ministério Pública Federal (MPF) informa que o uso de medicamentos sem reconhecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma indicação do parecer nº 4/2020 do CFM. 

Procuradores questionam se o conselho revisou esses documentos, editados no início da pandemia, "com base em novas evidências, orientações das sociedades médicas e indicações de autoridades sanitárias internacionais".

"Com base no Código de Ética Médica, o questionamento se estende também aos médicos que divulgam ou apoiam essas substâncias em redes sociais", acrescentam os procuradores.

O CFM tem 10 dias úteis para responder o MPF.

O governo de Jair Bolsonaro defende o uso da cloroquina e outros antimaláricos para o tratamento da doença, mesmo sem comprovação científica de sua eficácia e advertência contra o uso destas substâncias para tratar a Covid-19 por autoridades sanitárias mundiais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS)

Nesta semana, o CFM pediu a "retirada imediata do ar" do aplicativo do Ministério da Saúde, TrateCov, que recomenda o uso de cloroquina, ivermectina e outros fármacos para náusea e diarreia, além de antibióticos.

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