Encenação do flagelo da seca |
Hoje (dia 18 de novembro) Princesa completa 91 anos.
O Historiador princesense Paulo Mariano já disse que
Princesa: “é a terra do já teve”.
A referida frase é a expressão do sentimento de muitos
filhos de Princesa.
Princesa já teve concessionária de veículos;
Princesa já teve indústria;
Princesa já teve cinema;
Princesa já teve posição de destaque no cenário estadual e
nacional;
Princesa já teve muita coisa e deixou de ter.
A pergunta que se faz é: o que
aconteceu ou deixou de acontecer, cada princesense deve buscar esta resposta e
analisar qual foi sua participação durante este processo.
No último Fórum Municipal de
Educação realizado no dia 16 de novembro, evento já integrante das comemorações
alusivas à emancipação política, tivemos a comprovação de que o pensamento do
nobre Historiador poderá e será superado, uma vez que, que os princesenses aos
poucos vem se comprometendo em mudar a referida realidade.
Estivemos no evento proferindo
uma palestra sobre políticas públicas ao lado do Dr. Clodoaldo e antes fomos
precedidos pelo Historiador também princesense Emmanuel Arruda, este, mostrou números
a respeito do IDEB mostrando que escolas do Município de Princesa obtiveram índices
acima da meta estabelecida pelo MEC.
Também presenciamos uma belíssima
apresentação de um grupo de teatro princesense (Sound Clash), o qual, trouxe de forma
brilhante, apesar de poucos recursos, a História de Princesa desde seu início
até revolução de 30.
Encenação a respeito do Decreto de João Pessoa contra os coronéis. |
O compromisso da juventude com a
História e o futuro de nosso Município nos faz acreditar que a frase do
Historiador Paulo Mariano será superada (creio que também para sua alegria), e
o grande responsável por isso será a juventude que quando decide lutar por uma
causa consegue, a sua força é imensa, como disse o saudoso Alcides Carneiro: “a
juventude tem mais força do que o papa, pois se este faz Santos a juventude
cria deuses”.
Princesa o futuro lhe espera e os
seus filhos se comprometem a coloca-la na rota do progresso e do crescimento.
Parabéns Princesa.
Do seu filho princesense de ontem,
hoje e sempre.
Escrito por Manoel Arnóbio
Caro Arnobio:
ResponderExcluirInfelizmente este ano não participei do Forum da Educação. Comento seu post ( com a intenção que ele seja lido daqui a cem anos).
Comecemos pela data comemorada: 91 anos de emancipação. Está errada. Esta data é tão somente a elevação de vila à cidade. Ato meramente administrativo, obedecendo a criterios minimos e interesse politico da época. O conceito de emancipação politica e administrativa de uma localidade é o mesmo que se aplica ao caso de emancipação civil de pessoas, ou seja, plena capacidade de exercer direitos com autonomia e independencia, de outrem de quem sofria dependencia. De quem Princesa era dependente? Da Vila de Santo Antonio do Piancó. Quando a POVOAÇÃO DO BOM CONSELHO foi elevada à VILA DA PRINCESA e ficou independente do Piancó? Pelas Leis 596 e 597 de 26 de novembro de 1875 da então Provincia da Paraiba. Outras informações sobre este fato existem mas não caberia neste comentario. Ou seja: deviamos estar comemorando 137 anos de emancipação e 91 anos de elevação à cidade ( no ano passado assim já tinha sido feito e até publicado um folder pela propria SEC. Uma pena que este ano não tenha se repetido).
Quanto a questão de Princesa "já teve" trata-se de saudosismo de uma "era de ouro", que não resiste a analise mais aprofundada. Realmente, por breve periodo (1923 - 1930) Princesa passou por periodo de desenvolvimento decorrente das obras contra as secas ( o PAC de hoje)e a ação de alguns de seus moradores na epoca. Só isso. Tambem não tinhamos abastecimento dagua potavel em rede, não tinhamos energia eletrica universal, estradas asfaltadas, hospitais, agencias bancarias,escolas de nivel medio, etc, etc, etc. Alem disso, o analfabetismo atingia 85 % da população, somente 400 eleitores e a população da sede do municipio não atingia 3000 pessoas. Melhor dito: o tal "progresso" de Princesa era elitista, só servia a uma meia duzia de familias tradicionais que aqui viviam.
Finalmente: respeitando o passado, devemos olhar melhor o presente, onde já contamos com relativo progresso, mais socialmente justo em distribuição. O que falta em nossa terra ainda são lideranças politicas, setoriais e de representação da sociedade, que de forma responsavel olhem o seu futuro com otimismo e por ela trabalhem alem dos interesses pequenos, politiqueiros, egoistas e descompromissados com o real bem estar do municipio. Esta devia ser a missão maior do nosso sistema educacional em todos os niveis: formar uma geração de cidadãos princesenses conscientes da missão de que o mundo melhor que todos querem depende mais do esforço deles de que daqueles que se auto intitulam de "salva-patria", "padim Çiço" e outros milagreiros de plantão.
Princesa Isabel, 137 anos de Territorio Livre" !