“O poder só é efetivado enquanto a palavra e o ato não se divorciam, quando as palavras não são vazias e os atos não são brutais, quando as palavras não são empregadas para velar intenções, mas para revelar realidades, e os atos não são usados para violar e destruir, mas para criar relações e novas realidades.” (ARENDT, Hannah Condição Humana, 2007, p. 212)

Eleitores são impedidos de ir às urnas porque outros já haviam votado em seu lugar

Ao chegarem nas zonas eleitorais, brasileiros não puderam votar porque seus votos já haviam sido computados; falha é operacional

Alguns eleitores que tentaram votar neste domingo tiveram de voltar para suas casas sem ter exercido o direito. Devido a falhas dos mesários na hora do registro do título do eleitor ou assinaturas escritas em campos errados, houve quem não conseguiu concluir o voto. Alguns eleitores chegaram a chamar a Polícia, mas nada podia ser feito. 

O jornal Extra publicou os casos das eleitoras Maria José da Silva, de 47 anos, e Isabel Cristina Conceição dos Santos, de 28 anos. As duas tentaram votar na cidade do Rio de Janeiro e, ao entregarem seu título e documento, foram comunicadas por mesários que o voto delas já constava no sistema. Indignadas, elas foram embora sem voto e sem comprovante.
Em Recife (PE), a eleitora Sandra Maria Branco reclamou em suas redes sociais e em entrevistas à imprensa local que, ao chegar na escola onde vota em Boa Viagem, foi surpreendida com a informação de que seu voto já havia sido computado. Ela chegou a perguntar se havia alguém com o mesmo nome, mas não obteve nenhuma explicação e foi embora sem comprovante.
Já na Bahia, o site Acorda Cidade publicou o caso do eleitor Carlos Henrique Mota, que não conseguiu votar em Feira de Santana, após descobrir que alguém havia votado no seu lugar. Segundo a publicação, o mesário de sua seção entregou o comprovante de votação para outra pessoa, sem nem mesmo conferir os dados e cadastrou seu voto como computado.
Em São Paulo, pelo menos três pessoas reclamaram sobre o mesmo fato, como Luis Santos na capital e Julio Martins em Batatais, interior. 
Os Tribunais Regionais e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não têm informações oficiais sobre as ocorrências. 
Leia também: 


http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/eleitores-sao-impedidos-de-ir-as-urnas-porque-outros-ja-haviam-votado-em-seu-lugar

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